Porto, 21 de março 2017
ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES APRESENTA LIVRO SOBRE A POUPANÇA E O FINANCIAMENTO DA ECONOMIA PORTUGUESA
APS DEFENDE O REGRESSO DOS INCENTIVOS FISCAIS PARA PRODUTOS DE POUPANÇA
A Associação Portuguesa de Seguradores apresenta publicamente o livro "Poupança e Financiamento da Economia Portuguesa", no âmbito de uma Conferência realizada hoje, no Porto, no Hotel Sheraton.
Para além da presença do Presidente da APS, José Galamba de Oliveira, a conferência e sessão de apresentação do livro contam com a participação do Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral e do Vereador da Câmara Municipal do Porto, Ricardo Valente, que fazem a intervenção de encerramento e de abertura, respetivamente. A apresentação do livro estará a cargo de um dos autores, Fernando Alexandre, da Universidade do Minho, seguida de um painel de debate com Miguel Cadilhe, Alberto de Castro, Ângelo Paupério e António Pires de Lima.
A preocupação com a atual taxa de poupança em Portugal -- que é bastante inferior ao desejado de um ponto de vista macroeconómico -- foi o ponto de partida para a elaboração do estudo da Universidade do Minho sobre "Poupança e Financiamento da Economia Portuguesa", que inclui uma análise inovadora sobre o comportamento da poupança no contexto da atual evolução demográfica.
De acordo com o estudo, "Num contexto de elevado endividamento, de incerteza nos mercados internacionais e de redução e envelhecimento da população, uma baixa taxa de poupança constitui uma severa restrição à capacidade de financiamento do investimento, condição sine qua non para um regresso sustentado do crescimento económico".
A conjugação desta reduzida taxa de poupança com a evolução do rácio demográfico e a diminuição da população ativa levará, se nada for feito, a uma variação abrupta no padrão de consumo das famílias e a uma redução significativa dos seus rendimentos futuros após a idade de reforma. É por isso "necessário que os impactos futuros sejam transmitidos à sociedade de forma transparente, o que até ao momento não tem acontecido".
Para que esta realidade da economia portuguesa seja diferente são necessárias soluções que estimulem a poupança, quer das empresas, quer das famílias. José Galamba de Oliveira, Presidente da Associação Portuguesa de Seguradores, promotora do estudo realizado pela Universidade do Minho, afirma: 2o aumento da taxa de poupança é uma condição absolutamente decisiva para o crescimento da economia e para a segurança económica dos portugueses. É fundamental, pensar em incentivos, incluindo de natureza fiscal, que possam ajudar, cidadãos e empresas, a minorar o gap entre as remunerações e as pensões".
"A baixa taxa de poupança é um problema que, se tiver uma resposta adequada, todos ganham: o cidadão, que terá um rendimento adequado quando atingir a idade da reforma; o Estado que poderá melhor gerir a sustentabilidade do regime público de segurança social; a economia do país que beneficiará da estabilidade inerente aos investimentos de longa duração", conclui José Galamba de Oliveira.
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